Exercícios físicos fazem muito bem para a saúde do corpo e da mente. No entanto, apresentam o risco de estiramento muscular. Para evitar esse risco é essencial conhecer sobre esse problema e sempre realizar atividades mais intensas com a orientação de um treinador.
Já imaginou estar treinando para uma competição e, na hora do leg press exagerar e estirar o músculo da coxa? É uma competição perdida e muito tempo de recuperação, além de ser bastante dolorido. Nenhum atleta deseja esse tipo de problema.
Estiramento muscular: o que é e principais causas
- Técnicas incorretas de treino;
- Sobrecarga e fadiga muscular;
- Postura inadequada durante atividades físicas;
- Membros inferiores de comprimentos diferentes;
- Redução da amplitude de movimentos;
- Contração rápida e explosiva da musculatura.
Essas são as principais causas de um estiramento Na grande maioria das vezes, estiramentos musculares são causados por falta de atenção dos atletas. São uma lesão indireta ligada a um alongamento excessivo das fibras musculares. Quando elas ultrapassam o limite, ocorre o estiramento muscular.
Alguns grupos musculares têm maior chance de sofrerem esse tipo de lesão, é o caso dos músculos da coxa (posteriores, anteriores e internos), da panturrilha e, principalmente, a região distal do ventre muscular ou junção músculo-tendão.
Ainda que esses sejam os principais lesionados, o estiramento muscular pode ocorrer em qualquer músculo.
É possível notar um estiramento pela dor súbita que ele causa, em alguns casos acompanhada da sensação de estalido. É comum que ocorra desequilíbrio e a interrupção do movimento, além da dor ser variável, podendo ser sentida de maneira mais ou menos intensa.
Após o momento do estiramento os sintomas mais percebidos são:
- Redução da flexibilidade;
- Desequilíbrio da força muscular em ações opostas;
- Deficiência na recuperação de lesões musculares;
- Distúrbios nutricionais e hormonais;
- Infecções;
- Problemas de coordenação motora.
O diagnóstico
O diagnóstico do estiramento muscular é feito por um médico por meio de exames clínicos como observação das queixas de dores localizadas, dores à contração isométrica e na palpação. Além disso, são usadas ultra-sonografias e a observação do histórico do paciente. Existem diversos fatores que influenciam nesse tipo de lesão, por isso o médico irá observar:
- Condicionamento físico do paciente;
- Tipo, tempo e intensidade dos exercícios no momento da lesão;
- Aquecimento realizado antes da atividade;
- Condições climáticas;
- Estado emocional do atleta.
Ter um diagnóstico o mais cedo possível é essencial na recuperação da lesão muscular. Tenha a certeza de informar todos esses detalhes ao médico para, assim, ele conseguir realizar uma avaliação mais bem feita e poder passar o tratamento mais adequado.
Tipos de estiramento muscular
É essencial para o diagnóstico e tratamento saber qual o tipo de estiramento sofrido. Essa classificação interfere na decisão pelo tipo e tempo de tratamento, tempo de afastamento de atividades físicas e identificação de possíveis sequelas.
A classificação dos tipos de estiramento varia de acordo com a quantidade da área muscular lesionada.
Cada tipo representa uma gravidade e são separados em 3 graus de estiramento muscular:
Grau I – é o estiramento de menos de 5% das fibras musculares. É caracterizado por dor localizada e resultado de contração muscular contra-resistência, podendo desaparecer no repouso. É possível que apareçam edemas, mas é raro que existam manifestações físicas e seus danos são mínimos, com uma pequena hemorragia. Geralmente é um estiramento rapidamente solucionado e que tem pequena limitação funcional.
Grau II – entre 5% e 50% das fibras são lesionadas, o que representa uma gravidade uma pouco maior. Além dos elementos do estiramento de grau I, com mais intensidade, há a presença de hemorragia moderada, inflamações, além de maior dor e menos função motora.
Grau III – a mais grave lesão por estiramento muscular, atingindo mais de 50% das fibras, causa grave perda da função, além de ser percebida pela palpação muito facilmente. A dor vai de moderada a muito intensa e é provocada pela contração muscular passiva. Com hemorragia intensa, apresenta edemas visíveis e geralmente em posição distal ao músculo lesionado. É o estiramento de mais lenta recuperação.